terça-feira, 18 de junho de 2024

Deus Precisa Ficar Sendo Adorado ?

         Estes dias ouvi uma pessoa falar a  bobagem que Deus criou os homens e os anjos para ficar sendo louvado e adorado, numa atitude egoísta. Claro que Deus, em sua infinita bondade e grandiosidade fica feliz em dividir tudo de bom que Ele criou com alguém, por isto Ele criou os anjos e os homens, não para Si apenas, mas principalmente para dividir alegrias e dar a verdadeira felicidade para quem Ele ama, afinal Ele fica feliz em nos ver felizes. Porém tal felicidade acontecerá plenamente somente no paraíso, e será através da grandiosidade de Sua presença e de Seu amor.

    É possível que alguém questione por quê Ele demanda que os que foram criados fiquem O adorando no céu (e já na Terra),  seria por algum motivo egocêntrico ? A resposta categórica é NÃO !!! Ele quer que nós o adoremos por primeiro nos amar muito e para nossa felicidade pura e simples. 

    Sempre que rebemos uma coisa boa ficamos felizes, mas comumente se fazemos algo de bom para alguém ficamos mais felizes ainda; Deus em Sua infinita sabedoria sabe que se ao morrermos nossa alma tivesse alegria em coisas materiais e sem valor real a felicidade seria falsa, fugaz e transitória e no Céu (paraíso) a felicidade é plena, eterna e completa, para isto a única forma é adorarmos a Deus, pois lá realmente estaremos em intimidade real com Ele e o adorando com todo nosso entendimento ficaremos aptos a receber Sua enorme graça, energia e amor, que irradiam para quem está próximo Dele, arrebatando absolutamente e irrestritamente esta pessoa ou alma, ou seja se eu ficar adorando a Deus em Sua presença eu serei eternamente feliz, pois o todo poderoso me passará um pouco de Sua grandiosidade e esta energia maravilhosa é suficiente para me abrasar e incendiar de amor e alegria por todo o sempre. 

    Temos que entender que Deus é muito acima do que nossa parca compreensão humana consegue entender, afinal mal conseguimos entender planetas, buracos negros, estrelas, galáxias, etc... Imaginem quão grandioso é quem criou isto tudo (criou a nós também e a Sua imagem e semelhança), a quantidade de poder que Ele tem, e ainda isto é muito pouco do todo que Ele é capaz, afinal para Ele o poder não tem limite...Não conseguimos mensurar o poder de Deus. É importante entendermos que tanta grandiosidade é cheia de um poder inimaginável, mas um poder bondoso e amoroso, pois mesmo sendo tão grande Ele nos deu Seu filho amado para nos salvar. 

    Ele sabe que a Sua presença e a nossa vontade de adorá-lo e ficar próximos Dele é a única forma de sermos verdadeiramente felizes para sempre, ou seja Ele nos criou não por motivo egoísta mas por puro amor e vontade de dar um pouco de Sua bondade com alguém que tem sentimentos e é capaz de entender, receber e aceitar a verdadeira felicidade, a qual Ele sabe que a única forma de recebermos realmente é se o adoramos verdadeiramente e completamente, para assim sermos felizes aqui na terra e mais plenamente no Céu. Algumas pessoas começam a fazer isto e a caminhar para ter o seu céu já aqui na terra, os santos; pois estão participando da verdadeira felicidade em real adoração a Deus já aqui na terra, mesmo passando com sofrimentos terrenos, mas isto não abala realmente os heróis santos, pois o amor a Deus supera tudo sempre. Santo, a exemplo de Jesus, carrega sua cruz e se alegra sempre no Senhor, mesmo sofrendo aqui na Terra. Peçamos ao Espírito Santo que um dia possamos ser santos na terra para irmos ao Céu, podendo assim sermos participantes do poder de Deus, e da comunhão dos santos, estando nós em adoração perfeita a Ele de forma total e absoluta.

                         


segunda-feira, 3 de junho de 2024

A Cruz da Unidade

    Um dos principais símbolos associados ao movimento de Schoenstatt é uma belíssima cruz repleta de significados, a "Cruz da Unidade" :

                               

 
    Riquíssima em simbolismos é a chamada cruz dos vínculos, pois remete ao vínculo da Santíssima Trindade em si e com Maria, além de nos convidar a fazer parte desta unidade com Deus.


     A Cruz da Unidade converteu-se num dos símbolos mais característicos do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Nela apreciam-se três símbolos: a imagem de Cristo, a imagem de Maria e o símbolo do Pai. A Cruz da Unidade expressa a bi unidade que Schoenstatt quer proclamar: Cristo é inseparável de Maria e Maria é inseparável de Cristo. O símbolo do Pai, desde a cúspide da Cruz, irradia tudo: Cristo e Maria descansam no Pai, na cruz que o Pai determinou no seu plano de amor, como caminho de redenção. Para além disso, Cristo e Maria têm uma postura singular: estão vivos e olhando-se mutuamente num profundo diálogo de Mãe e Filho. Do corpo de Cristo jorra o sangue que Maria recolhe com o seu cálice. O fato de estarem vivos não é apenas simbólico, também mostra uma verdade de fé: Cristo e Maria, tanto na cruz como na realidade, na atualidade estão vivos em corpo glorioso. A Cruz da Unidade é a imagem própria do “Cristo das vinculações”, cujo anseio mais profundo é que “todos sejam um”, como Ele e o Pai são um.     Ela mostra a Cristo, o Filho, profunda e intimamente ligado a Maria, sua Mãe, companheira e colaboradora permanente na Obra da Redenção. É o Cristo da Unidade que, na força do seu sacrifício e entrega, estendendo amplamente os braços, une o céu com a terra e a terra com o céu.


Por que se desenhou a “Cruz da Unidade”?

    Esta cruz nasceu como símbolo da primeira geração de sacerdotes chilenos do Movimento Apostólico de Schoenstatt que estudavam no Brasil e na Suíça. Entre 1958 e 1959, quando os primeiros seminaristas pallotinos estavam para serem ordenados sacerdotes, quiseram oferecer ao Santuário da Bellavista, no Chile, que os viu nascer e crescer na fé, um crucifixo que expressasse a imagem de “Cristo Sacerdote”. Assim surgiu a ideia de representar no “Cristo dos Vínculos” a Cristo, que é a força do Espírito Santo e que está profunda e intimamente vinculado como Filho ao Pai, e também a Maria, sua Mãe, como colaboradora e companheira permanente da sua Missão Redentora dos homens, “Cristo da Unidade”, que une o céu e a terra; “Cristo Bom Pastor” que refletindo o Amor do Pai une os homens a Deus e os homens entre si, tornando-os filhos de um mesmo Pai.
    A cruz original é uma cruz trinitária: para além dos símbolos do Pai e do Filho, o fundo é de cor vermelha, simbolizando assim o Espírito Santo. Na parte de trás da cruz encontram-se três frases em latim, que expressam ideais e realidade :
Unum in sanguie”: Unidos no sangue (de Cristo)
Tua res agitur”: Tua obra redentora
Clarifica te”: Glorifica-te (na nossa pequenez e impotência)


Coloca-se a primeira imagem

    A Cruz da Unidade nasceu num momento de grandes tensões em Bellavista, quando reinava a desconfiança e a falta de entendimento entre os membros do Movimento. A Cruz da Unidade original foi colocada no Santuário de Bellavista no Natal de 1960, pelo Pe. Humberto Anwandter. A esse acontecimento chamou-se “Milagre da Unidade”, iniciando um novo período de união na Família de Schoenstatt do Chile.


Pe. Kentenich recebe a Cruz da Unidade

    Em 16 de novembro de 1965, quando o Pai festejou seus 80 anos em Roma, os filhos de Bellavista levaram-lhe como presente a Cruz original, com o desejo de que retornasse ao Santuário Chileno. Pe. Kentenich já a conhecia, uma réplica em madeira tinha-o acompanhado durante cinco anos em Milwaukee. Ao receber a cruz original e ser-lhe manifestada a intenção, perguntou: “É presente ou não é presente?” E, perante a resposta afirmativa, disse: “Presentes são presentes”. Então ele, por sua vez, ofereceu-a à Província do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt em Stuttgart, Alemanha.
    A Cruz da Unidade foi oferecida pela Família de Schoenstatt para o Santuário Original em 1997, no “Ano de Cristo”, depois de ter percorrido Santuários nos cinco continentes, recolhendo a vida que deles brotava.


Uma cruz missionária de Schoenstatt

    Madre Teresa levava consigo a Cruz da Unidade
Sem o querer, a Cruz da Unidade foi se estendendo a toda Igreja. A cruz, que começou com alguns sacerdotes, transformou-se em cruz para toda a Família e difundiu-se pelo mundo inteiro. No Movimento, fora do Chile, foi chamada primeiramente de Cruz do Chile. Encontra-se nos terrenos e no altar de muitos Santuários de Schoenstatt, em ermidas e Santuários Lares.
    Mais tarde, pela densidade do seu simbolismo, com Cristo e Maria, começou a aparecer ao peito de cardeais, bispos, arcebispos, sacerdotes e comunidades religiosas. Foi o caso de Madre Teresa de Calcutá, que decidiu que toda a sua congregação a levasse. E assim foi assumida por muitas comunidades e muitas pessoas no mundo inteiro.
    A Cruz da Unidade está em numerosos círculos da Igreja como grande anúncio da imagem que o Pe. Kentenich ofereceu a partir da Aliança de Amor com Maria. Para Schoenstatt, é um constante chamado à missão de levar Jesus e Maria, em Aliança, ao mundo.


Referência:

https://schoenstatt.org.br/2020/03/13/a-cruz-da-unidade-em-schoenstatt/