quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O Que É a Felicidade e Como Alcançá-la .

              Se pensarmos racionalmente parece difícil definir a felicidade, mas com um pouco de entendimento e análise fica mais fácil e evidente entendermos o que é e como alcançar.
             De acordo com o dicionário Aurélio felicidade é o estado da pessoa feliz, e como pessoa feliz entendemos pessoa alegre, de bem com tudo, satisfeita e plena. Vamos analisar mais profundamente, quando pensamos em pessoa feliz pensamos em pessoa alegre, e a busca da felicidade é aquilo que nos faz alegres, satisfeitos e plenos. Podemos assim falar que momentos de felicidade são momentos de alegria e deixar isto como definição, portanto a busca da felicidade é a busca da alegria. Por outro lado, porém,  ninguém é feliz plenamente, pois ninguém é alegre 24 hs por dia, nem todo dia. As pessoas felizes são as pessoas que tem mais momentos de alegria que as tristes ou sem felicidade. Felicidade pontual ou alegria momentânea pode ser achada em coisas fugazes como na compra de um bem, uma conquista, um carinho, uma viagem, etc... Porém todas estas coisas são transitórias e irão passar, portanto sempre que procuramos a felicidade em coisas da terra teremos uma alegria passageira e não plena. Devemos nos perguntar se algo na vida material e com bens físicos é pleno (para sempre e durador) ? Obviamente a resposta é não. Ninguém vai ser feliz para sempre porque comprou um carro, pode até ser um tempo mas nunca para sempre.
            Serei uma pessoa mais feliz se procuro ver o bem e o lado bom das coisas, o que me traz momentos de alegria ou felicidade mais frequentes; assim como quem só vê o lado ruim e reclama de tudo é uma pessoa mais triste ou infeliz.
             Podemos também afirmar que na nossa existência terrena a felicidade nunca será absoluta e  sem períodos de flutuação, felicidade plena só no céu com a presença de Deus. A questão hoje é:
"- Posso ser feliz ou atingir a alegria agora na minha vida terrena ?" É difícil mas não impossível se eu procuro ver Deus e sua ação em tudo no meu dia, ou seja, se eu procuro ver a obra de Deus nas coisas ao meu redor e parar de procurar a felicidade em coisas passageiras e efêmeras e sem importância como as físicas. Claro que a felicidade plena total só no céu, mas nós podemos ter uma felicidade parcial já aqui em nossa existência terrena e fazer um pequeno céu na terra se nós vemos a presença de Deus em tudo ao nosso redor. Claro que é difícil, mas é um exercício que todos devemos tentar realizar, devemos portanto procurar ver a grandeza de Deus em tudo e dar menos importância para as coisas passageiras e materiais, porque elas nunca darão felicidade plena.
              Algum cético pode perguntar:"- E como fazer se eu vejo alguma desgraça, como ser feliz?".  Claro que o mal não vem de Deus, mas de Sua permissão e se eu vejo mesmo num momento ruim uma maneira de que a justiça e a ordem de Deus ajam também pode ser motivo de felicidade sim.
             Para finalizar, se eu tenho Deus comigo, e procuro realmente agir no caminho que Ele me deu eu não preciso procurar a felicidade em mais nada e sou cheio de alegria, já aqui na Terra mesmo. Claro que isto não é tão fácil, mas o primeiro passo é entender que a felicidade emana de Deus, Ele quer que eu seja feliz e eu sei que a felicidade acontece somente se eu O aceito em minha vida. É importante, porém, entendermos que Ele nos dá o livre arbítrio de aceitá-lo e de aceitar o que vem Dele, pois maravilhoso que é não nos obriga a nada.

Resumo:

Podemos entender felicidade como momentos de alegria, e quanto mais vemos Deus em tudo ao nosso redor e agimos como filhos de Deus, mais alegria teremos em nossa vida e seremos assim pessoas mais felizes !!!
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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Sete Degraus Para a Santidade

                Gostaria e deixar claro que reconheço que não sou santo e tenho MMUUUIITTOOO o que melhorar em minha vida. Mas realmente acho que todos que amamos a Deus e aceitamos a igreja Dele como única e a real temos a obrigação de tentar agir de modo santo. Eu mesmo muitas e muitas vezes falho e não persevero, mas estou sempre tentando...
                Quando pensamos em santidade é comum pensarmos em grandes fenômenos, santos com dons e virtudes acima da normalidade humana, uma coisa inatingível para a maioria de nós. Já dizia santa Terezinha do Menino Jesus, que apesar de ser uma grande santa não se considerava como tal, um caminho para que nós "normais" busquemos a santidade real, nada mais é que tentarmos sempre agir corretamente em tudo na nossa vida, a dita santificação do nosso dia a dia, o que ela chamava como pequeno caminho para a santidade.
                 Sem pretensões ou orgulho, apenas visando a melhora de todos e honrar a Deus, quero deixar aqui um caminho concreto para a santidade e que mais facilmente nos aproxima de Deus. Este caminho deve ser buscado aos poucos uma vez que ninguém (a não ser raras exceções) atinge a santidade de uma hora para outra, mas sim na perseverança. Considero como uma escada que deve ser subida degrau por degrau (podendo pular e voltar degraus) e com persistência e perseverança, sempre pedindo para nossa santa mãe Maria e nosso anjo da guarda nos acompanharem e para o Espírito Santo nos fortalecer neste trajeto. Nenhum degrau é mais importante que o outro no caminho da santidade, mas são complementares. Eis a escada:

1 - Primeiro degrau: Auto reconhecimento das falhas,

     Reconhecer que temos que melhorar é fundamental. Se erro e não reconheço ou culpo os outros de meus erros nunca vou ser santo completamente. Todos temos problemas e é comum no nosso orgulho culparmos as situações ao nosso redor e as pessoas que nos cercam pelas nossas falhas e sofrimentos, que são sempre nossa culpa e só nossa. Ninguém é culpado ou responsável por minhas atitudes a não ser eu mesmo. Sempre eu posso agir correto e para melhorar tenho que parar de ficar culpando a tudo e a todos e aceitar de forma concreta  minhas falhas e que só eu posso melhorar e ninguém pode melhorar por mim. Auto reconhecimento também é aceitar que somos de inteligência limitada, e que somos incapazes de entender tudo o que aquele que criou o mundo faz e planeja pois somos infinitamente menos capazes de entender suas ações do que uma formiga pode entender as nossas, ou seja, tenho que aceitar muita coisa e não ser prepotente e querer entender tudo que Deus quer para mim sempre. Nunca vou entender todos os Seus desígnios e objetivos, mas sempre que confio Nele e me deixo conduzir realmente e tento agir corretamente tudo acaba dando certo.

2 - Segundo degrau: Fuga santa,

    Uma vez que vejo meus erros e reconheço que tenho que melhorar e tenho que tomar atitudes concretas para melhorar, uma delas é fugir de tudo que me leva a pecar. Existe uma coisa pregada no catecismo da Igreja Católica que é a ocasião próxima do pecado ( já analisada em outra crônica) . Se eu estou em um meio que me leva a pecar devo me afastar deste meio. Tenho que evitar e fugir de tudo o que é contrário ao plano de Deus, se tenho dúvida peço para o Espírito Santo me iluminar e penso o que Jesus ou Maria fariam nesta situação, não tem como errar. Evito o erro e as situações que me levariam a pecar não as pessoas em si, nem que as vezes tenha que me afastar também delas momentaneamente. Quando não tem jeito de sair de perto de uma ocasião próxima um meio seguro de bloquear o erro é rezar; reze a Ave Maria , o Glória, o Pai Nosso, o Santo Anjo e uma jaculatória a São Miguel que nos livra de todo o mal e daquele que o mal emana, é assim: "São Miguel, em nome de Jesus e pelo amor de Deus Pai, me livra de todo mal, todo perigo e toda a tentação do demônio !". Acredite, é uma arma poderosa se estou em uma situação de risco.

3 - Terceiro degrau: Persistência,

    Não lembro qual santo que disse que grandes santos não eram os mais perfeitos mas os mais persistentes, ou seja, somos falhos e vamos ser sempre, mas a cada erro que eu faço eu me levanto e tento de novo, e esta perseverança vai me ajudar a um dia conseguir a santidade. Assim como Deus não cansa de nos perdoar, nós não podemos nos cansar de continuar lutando. Se eu erro, reconheço meu erro e tento não cometê-lo de novo, não da boca para fora mas de todo o coração. As vezes é importante parar e pensar o que me leva a ter tal vício ou fazer tal pecado e ver formas concretas de não o fazer mais, agir e não só falar. Se eu REALMENTE quero melhorar e persisto em lutar contra as minhas falhas elas vão progressivamente reduzindo.

4 - Quarto degrau: Rever prioridades,

    Muitas pessoas boas pensam assim: "- Não faço pecados mortais, não prejudico ninguém então está bem, isto deve bastar...". Na verdade isto não basta não. Muitas pessoas boas vivem para o trabalho, deixando a Deus e a família em segundo plano. Os cristãos reais não devem agir assim. Crença deve andar junto com obras para tornar a crença produtiva. Claro que trabalho é importante, até para eu santificar meu dia devo oferecer meu trabalho para Deus, mas tal trabalho nunca pode ser mais que Deus ou as pessoas, nunca uma pessoa santa coloca as atividades deste mundo acima de Deus. Para quem quer agir corretamente as prioridades devem ser:
A - Deus,
B - família,
C - trabalho e
D - coisas do mundo ( como laser, descanso, viagens).
As coisas do mundo, desde que corretas, também são importantes. Porém as mesmas exigem equilíbrio obviamente, o descanso é fundamental até para termos energia de continuar nossa caminhada, mas na sequência ABC acima, nunca ao contrário.

5 - Quinto degrau: Sacramentalizar a vida,

    Quero deixar a minha vida consagrada  para o senhor ( mesmo trabalhando e com família isto é totalmente possível) e para nos ajudar Deus nos deu grandes presentes, os sacramentos. Isto também é permitir concretamente que Ele faça parte de minha vida. Muitos destes sacramentos são para momentos especiais da vida, como batismo, sacerdócio, crisma, casamento ou unção dos enfermos. Dois deles, porém, podem e devem fazer parte do meu cotidiano: a confissão e a santa eucaristia. Na confissão eu me reaproximo de Deus e, contrito, elimino meus pecados que me afastam daquele que é tudo. Já na eucaristia eu recebo Ele em seu corpo real, aceito o sacrifício que Jesus fez por nós e participo de tal sacrifício fazendo parte de Seu corpo também. É uma forma concreta de buscar a santidade.

6 - Sexto degrau: Rezar,

     Rezar me aproxima Dele e cria uma intimidade com Ele, assim como com nossa mãe e aqueles que tomamos como exemplos a serem seguidos, os santos e anjos. A oração mais completa e melhor é a missa, com ela participamos do Seu sacrifício e damos valor ao que Jesus fez por nós, nada a substitui e devemos, sempre que possível, tentar ir na missa diária e obrigatoriamente no domingo. Ouso dizer que a segunda oração mais importante é o rosário (ou pelo menos o terço), também com sua recitação diária; foram promessas de Maria para quem rezar esta devoção diária de ser amparado em tudo o que precisar. Fora isto conversar com Deus, Jesus, o Espírito Santo, a própria Maria, São José, os outros santos, anjos e até as almas do purgatório, conversar com eles várias vezes ao dia e permitir que Deus faça parte de nosso dia. Rezar nos aproxima de Deus e daqueles que pertencem a Ele, além de nos protegerem de qualquer mal. Vejo um problema comum com todos nós, nas orações muitas vezes só pedimos, pedimos e pedimos e existem coisas muito mais importantes que pedir. Sugiro sempre começarmos agradecendo e louvando a Deus, pois tudo vem Dele. Também é importante agradecer a proteção e a intercessão de Maria, dos santos e dos anjos (em especial nosso anjo da guarda); depois reconhecer as nossas falhas e nos propor a melhorar e por fim pedindo o que for necessário e aqui deixo uma sugestão de responsáveis espirituais por determinadas funções da nossa vida: tudo o que for espiritual e pessoal apresentar a Jesus e Maria e nosso santo anjo da guarda, o que for para administrar nossos bens e coisas materiais pedir a são José, sempre que precisarmos abrir nossa mente e inspiração pedir ao Espírito Santo e se precisarmos de proteção para nós e nossos pertences pedir a São Miguel Arcanjo, porém sempre deixar claro que pedimos mas só se for a vontade de Deus (que nem sempre corresponde a nossa). Claro que cada um pode fazer a evocação que quiser, por isto deixo claro que é só uma sugestão.
Por fim devemos pensar nas coisas de Deus e pedir todo dia pelos pecadores, pelas almas do purgatório, pelos padres, oferecer algo em desagravo aos corações de Jesus e Maria e pedir pelas intenções de Maria, São José e pelas do Papa. O oração obviamente serve para tudo o que mais quisermos conversar, com coração aberto e humilde, com Deus e com aqueles que são Dele.
     
7 - Sétimo degrau: Compartilhar o dia com Deus e os que são Dele,

     Devemos compartilhar tudo do nosso dia com Deus e com aqueles que pertencem a  Ele, em especial com a virgem Maria, pois ela é o caminho mais seguro para chegar ao seu filho e Jesus o meio mais concreto para chegar ao Pai. Isto nada mais é que a Santidade do dia a dia, tentar deixar Deus fazer parte de nosso dia, dar o meu melhor em tudo o que faço, nunca fazer o mal, não falar mal de ninguém e fazer tudo por amor a Deus. Para exercitar isto, e sabendo que nosso tempo é escasso, uma ferramenta concreta para deixarmos Ele fazer parte de nossa vida é em tudo e em toda ação do nosso dia antes de fazê-la rezar ou oferecer para Deus ou para as intenções de Maria ou de algum santo. Eles  pertencem a Deus e estando com ele farão a obra de Deus com meu esforço oferecido a eles, eles podem pegar o meu esforço diário e de tudo que faço, assim como meus sofrimentos oferecidos, e transformar em algo útil. Também é claro que podemos oferecer tais esforços pedindo algum benefício por alguém ou até por nós mesmos, mas deixando para Maria a ação tem um propósito maior e melhor, a obra de Deus no mundo.
Exemplos concretos :
1 - se pela manhã um profissional que lida com gente oferecer uma Ave Maria a Jesus Maria e José pedindo paz, conversão, saúde a salvação por todos que atender no dia e a cada um que for atender antes ele rezar uma Ave Maria por esta pessoa isto sim será uma fonte de graças e ele mesmo será um instrumento de Deus para distribuir coisas boas no mundo,
2 - sempre que ver na rua alguém que precisa (alguém com dificuldade ou algum carente) oferecer uma Ave Maria ou um Pai Nosso ou um Glória ou alguma jaculatória por esta pessoa também é uma forma de espalhar a Deus pelo mundo
3 - quem trabalha com atividades burocráticas, a cada nova atividade e esforço oferecer uma Ave Maria para as intenções de Maria tem também grande validade,
Muitas pessoas boas pensam assim:"- Não faço pecados mortais, não prejudico ninguém então está bem, isto deve bastar", na verdade isto não basta não. Crença deve se seguir de obras diárias para tornar a crença produtiva e a vida santa. Se só creio e não vivo e não ajo como tal ou não faço nada a fé fica vazia.
Muitas vezes fazemos boas ações ou temos sofrimentos e não servem de nada pois passam e vão embora sem alguma serventia. Se tudo de bom que nos esforçamos ou o que sofremos oferecermos para Deus (sem ficar reclamando) ou para os santos, por causa Dele, estas ações boas ou sofrimentos terão uma validade enorme sim. Estes oferecimentos são auxílios para nos santificarmos, tal oferecimento é uma ferramenta muito poderosa e já foi preconizada pelo padre José Kentenich, fundador da obra de Schoenstatt, o chamado capital de graças. Este capital de graças nada mais é que oferecer tudo que é possível de ser oferecido para Maria, sem pedir nada em troca, mas isto valoriza meu esforço diário,  permitindo que ela fazça o que bem entender com isto, e tal uso sempre será para engrandecer a obra de Deus e salvar e ajudar quem precisa. Deste modo deixamos nossas ações e esforços cotidianos realmente valorosos e com um objetivo maior que é a ação de Deus no mundo, por intermédio da mãe de Jesus. Ela sempre sabe como usar o que damos a ela para o bem.



       Se uma pessoa com humildade tentar realmente colocar estes sete degraus em prática, pedindo para Deus não para ser perfeita mas para perseverar e sempre ver o que é certo de fazer e optar pelo certo efetivamente, creio sim que um dia ela vai ser santa. Deste modo um dia deverá ver a Deus realmente e compartilhar do seu reino nos Céus além de agradar a Deus já neste.

os sete degraus:

1 - Primeiro degrau: Auto reconhecimento das falhas,
2 - Segundo degrau: Fuga santa,
3 - Terceiro degrau: Persistência,
4 - Quarto degrau: Rever prioridades,
5 - Quinto degrau: Sacramentalizar a vida,
6 - Sexto degrau: Rezar,
7 - Sétimo degrau: Compartilhar o dia com Deus e os que são Dele

PS.: Deixo um atalho triplo, pelo qual, se houver persistência, tudo o que for necessário para santidade será dado aos poucos. É natural e certo: sempre buscar viver o evangelho, participar da Santa Missa diária e rezar o Santo Rosário todo dia.  
     O restante deixe com Nossa Senhora e Seu Divino Filho !!!
 
 

Andando pelo caminho da santidade - Rhema
  
                          




segunda-feira, 20 de junho de 2016

Apontamentos Sobre a Consagração a Nossa Senhora

                         Podemos falar que uma das principais orações propagadas pelo Pe. Kentenich, fundador dos movimentos e santuários de Schoenstatt é a Consagração a Nossa Senhora. Nesta oração poderosa eu me entrego a Maria e confio a ela tudo o que tenho e sou e deixo que ela me conduza como mãe carinhosa e cuidadosa que sabe o que é melhor para mim.
                         A   oração foi atribuída a um padre jesuíta, chamado Pe. Nicola Zuchi, na cidade de Napoli, Itália. Aos dez anos de idade, perdeu sua mãe. Levado por profundo impulso religioso, raciocinou nestes termos: "Não tenho mais mãe terrena. Que farei? Sem mãe não poderei viver. Consagrar-me-ei por isso á Mãe de Deus, far-me-ei total e inteiramente dependente dela." Compôs a oraçãozinha, escrevendo-a com sangue, é a oraçãozinha conhecida por todos. Este texto está no livro Viver da Fé, pg. 46, escrito pelo Pe Kentenich. - http://www.maeperegrina.org.br/artigos/diversos/como-surgiu-o-canto-e-a-oracao-da-consagracao/
                         Existe uma certa "polêmica" por parte de quem não conhece bem a origem e os propósitos da oração, se o correto é chamar "coisa" ou "filho" no final da oração. Achei este texto abaixo muito rico, retirado do site: http://www.lourdesalpha.com.br/artigos/como-coisa-ou-como-filho/, que explica melhor:

"A oração de Consagração à Nossa Senhora no original em Latim é:

“O DOMINA mea! O Mater mea! Tibi me totum offero, atque, ut me tibi probem devotum, consecro tibi [hodie*] oculos meos, aures meas, os meum, cor meum, plane me totum. Quoniam itaque tuus sum, o bona Mater, serva me, defende me ut rem ac possessionem tuam. Amen”. Preces Latinae
Ao pé da letra seria mais ou menos assim:

“Ó Senhora minha! Ó Mãe minha! A vós todo me ofereço, e, para provar que vos sou devoto, consagro-vos hoje meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração, eu todo inteiramente. E porque sou vosso, ó boa Mãe, guardai-me, defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém”.
Observação: REM é o substantivo feminino latino RES no caso acusativo. E pode significar coisa, evento, negócio, assunto, propriedade, fato. Na oração, portanto, a tradução COISA é correta.
É engraçado o quanto queremos ganhar espaço. Ninguém quer ser tratado como coisa. O próprio Jesus que poderia ter se declarado rei e pedir tratamento especial, se colocou pequeno e como servo. Nós fazemos justamente o contrário. Somos apenas coisa e já nos colocamos como filhos “exigindo” nossos direitos, nossa herança.
Confesso que eu não compreendia essa parte da oração. Eu queria ser tratado como filho de Nossa Senhora e não como coisa. Até que um dia me contaram que a mãe de um amigo sempre ensinou a ele que essa oração havia sido feita pelo coração puro e simples de uma criança. Desse modo, só é possível vivermos essa oração com o coração semelhante ao de uma criança.
“Coisa” é um objeto que o dono coloca onde quer e faz o que quer com ele. O objeto fica ali estático, aguardando o proprietário decidir o que fará. Já o filho não. Já o filho, quando criança, precisa e quer o colo da mãe. A medida que cresce, tem momentos de desobediência, de querer fazer seus desejos, até o dia em que se torna adulto, sai de casa e realiza suas próprias vontades. Passa a ser o “dono do seu nariz”.

                  Eu, particularmente concordo plenamente e penso o seguinte: a mãe cuida do filho mas não pode fazer tudo o que quiser com o filho. Ela não deve, por exemplo, mandá-lo ter tal profissão só por que ela quer, pode aconselhar mas não mandar. Já Maria poderia sim me mandar fazer o que ela quiser que eu faça pois ela sabe ( por Graça Divina) o que é para eu fazer melhor do que eu mesmo. Além de que o filho também faz muitas vezes o que quer pois tem suas vontades, que nem sempre são certas, mas se eu me coloco como coisa para ela cuidar de mim, inclusive minhas vontades, ela que é maravilhosa e tem um entendimento muito maior das coisas do mundo e celestiais ( de novo, por Graça de Deus) não vai me deixar errar e atrapalhar os planos de Deus para mim, se coloco minha real vontade e planos para ela conduzir. É verdade que às vezes isto é difícil aceitar e no dia a dia nem sempre nos largamos para ela cuidar de nós e atrapalhamos tal condução, mas a santidade nada mais é que uma luta contínua para melhorarmos e nunca desistir se erramos. 


Que Nossa Senhora e Seu divino filho abençoe a todos !!!

                                              
                          

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Treze Conselhos do Papa Francisco Para Ser Santo

Retirado do site : http://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/treze-conselhos-do-papa-francisco-para-ser-santo/

Treze Conselhos do Papa Francisco Para Ser Santo



Papa Francisco afirma que existe uma espécie de “classe média da santidade”, acessível a todos

“Santos escondidos” vivem seu itinerário de imitação de Cristo no dia a dia. Em uma celebração na Basílica São Paulo Fora dos Muros, em 14 de abril de 2013, Bergoglio falou sobre a “classe média da santidade”, como dizia o escritor francês, Joseph Malegue.
Abaixo, elenco treze conselhos mencionados por Francisco em diferentes ocasiões para alcançar a santidade.

Confira treze conselhos do Papa Francisco para ser santo - 1600x1200

1. Santo não é super-heroi

Muito ao contrário do que se pensa, santos não são super-heróis, mas pecadores. Um
caminho que compreende humildade e sofrimento para deixar que Cristo nos santifique.
“Humilhação nossa, para que o Senhor cresça”, é regra da santidade. “Os Santos não são
super-homens e nem nasceram perfeitos. São pessoas que antes de chegar à glória do céu
viveram uma vida normal, com alegrias e tristezas, fatigas e esperanças, mas quando
conheceram o amor de Deus, o seguiram de coração, sem nenhuma condição ou hipocrisia”.


2. Inimigos podem ser santos

Ao citar a conversão de São Paulo, que de inimigo da Igreja tornou-se santo, o Papa
Francisco garante que o coração de Saulo mudou, mas Paulo não se tornou um herói. Ele
pregou o Evangelho em todo o mundo e terminou a vida com um pequeno grupo de amigos,em Roma, até ser morto, à imitação de Jesus Cristo.


3. Não existe curso de santidade

O Papa explica que as Cartas de São Paulo são endereçadas a pessoas que pecam, mas são
filhos da Igreja santificada pelo Corpo e Sangue de Cristo. “A santidade é um dom de Jesus
à sua Igreja e para fazer ver isto Ele escolhe pessoas em que se vê claro o seu trabalho para
santificar”, afirma o Santo Padre.


4. Santidade é vocação para todos

“Os Santos, amigos de Deus, nos asseguram que esta promessa não decepciona. Em sua
existência terrena, eles viveram em profunda comunhão com Deus, tornando-se semelhantes a Ele. No rosto dos irmãos humildes e desprezados eles viram o rosto de Deus, e agora o contemplam face a face em sua beleza gloriosa”, disse Francisco.


5. Servir com alegria

Os santos “dedicaram suas vidas a serviço dos outros, suportaram sofrimentos e
adversidades sem odiar e respondendo ao mal com o bem, difundindo alegria e paz. Os
santos nunca odiaram. O amor é de Deus, mas o ódio vem de quem? Vem do diabo. Os
santos são homens e mulheres que têm alegria no coração e a transmitem aos outros. Não
devemos odiar os outros, mas servir aos outros, os necessitados, rezar e se alegrar: este é o
caminho da santidade”.


6. Não é privilégio de poucos

“Ser santos não é um privilégio de poucos, como se alguém recebesse uma grande herança.
Todos nós recebemos a herança de nos tornarmos Santos no Batismo. Ser santo é uma
vocação para todos. Todos nós somos chamados a percorrer o caminho da santidade e o
caminho que leva à santidade tem um nome e um rosto: Jesus Cristo. No Evangelho, Ele nos mostra a estrada das Bem-Aventuranças”.


7. Santidade em comunidade

O Papa convida a aceitar o chamado à santidade com alegria e a sustentar o próximo porque não se percorre sozinho o caminho da santidade, mas juntos, no único corpo que é a Igreja, amada e santificada pelo Senhor Jesus Cristo. “Vamos em frente com ânimo, neste caminho da santidade”, convida.
Leia mais:

8. Não precisa ser padre ou bispo

“Para ser santo, não é preciso ser bispo, padre ou religioso: não, todos somos chamados a ser santos! Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade só está reservada àqueles que têm a possibilidade de se desapegar dos afazeres normais, para se dedicar exclusivamente à oração”.

9. Santos no dia a dia

A santidade se faz no testemunho cristão nas ocupações de cada dia e no estado de vida em
que se encontra: consagrado, casado, solteiro. O que se espera que se cumpra com
honestidade e competência o trabalho, oferecendo tempo ao serviço dos irmãos. “Onde você trabalha pode se torna santo”, completa o Pontífice.


10. Cara de santinho

A santidade é consistente, não é oca. “Alguns pensam que a santidade é fechar os olhos e
fazer cara de santinho! Não, a santidade não é isto! A santidade é algo maior, mais profundo, que Deus nos dá”. O Senhor não nos chama para algo pesado, triste. Ele convida a compartilhar a alegria.


11. Pais e avós santos

Ao ensinar com paixão aos filhos ou netos a conhecerem e a seguirem Jesus se alcança a
santidade. Ser bons pais e avós exige muita paciência. É, justamente, exercitando esta
paciência que acontece a santidade.


12. Sem fofoca

Um passo importante é não falar mal de ninguém. O Papa dá como exemplo um mulher que ao mercado fazer compras e encontra uma vizinha. Começam a falar “e depois vêm os
mexericos”. Mas, quando a mulher decide romper com esta atitude e diz: “Não, não, não,
não posso dizer mal de ninguém”, torna-se um passo para a santidade.


13. Orar para ser santo

A oração é um outro passo para a santidade. Ir à missa ao domingo, comungar, confessar-se.
A recitação do Rosário contribui para nossa santidade. Ao rezar na rua, ver um pobre,
devemos parar e dar atenção a esse necessitado: é um passo rumo à santidade! São pequenas coisas. “Cada passo rumo à santidade fará de nós pessoas melhores, livres do egoísmo e do fechamento em nós mesmos, abertos aos irmãos e às suas necessidades”, ensina Francisco