segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Venerável Guido Schäfer

Guido - Associação (guidoschaffer.com.br) - texto retirado deste Site 


“A estas palavras, Jesus falou: Ainda te falta uma coisa: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me.” (Lc 18, 22). 

 Guido, ao meditar estas palavras, não tendo nada em seu nome a não ser seu diploma de médico, decidiu dedicar a medicina aos pobres. E, deixou casa, pai, mãe, família, amigos, para seguir Jesus. 

 Nasceu em 22 de maio de 1974, na cidade de Volta Redonda, RJ, Brasil, filho de Guido Manoel Vidal Schäffer e de Maria Nazareth França Schäffer. Desde o nascimento residiu com os pais na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana. Foi batizado na Matriz de Santa Cecília, em Volta Redonda (RJ), em 22 de dezembro de 1974. Recebeu a Primeira Eucaristia em 11 de dezembro de1983 e o Crisma em 02 de dezembro de 1990, ambos na Paróquia de Nossa Senhora de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. Cursou os ensinos fundamental e médio no Colégio Sagrado Coração de Maria no período de 1979 a 1991. Os traços que marcam a infância e adolescência do Guido são de uma criança e um jovem saudável, com gosto pela praia, pelo mar, pelos esportes. 

De comportamento dócil, fazia amigos com facilidade. Seus pais católicos fervorosos levavam os filhos às missas dominicais e os ensinavam a rezar todas as noites. O pai de Guido é médico e sua mãe é membro da Comunidade Bom Pastor (RCC), tendo trabalhado voluntariamente pela evangelização nas escolas públicas. Desde a juventude, Guido chamava seus amigos para Cristo, primeiro para fazerem o curso da Crisma e depois para participarem do Cenáculo (Movimento Sacerdotal Mariano) que Nazareth realizava uma vez por mês com os filhos e seus amigos. Cursou Medicina na Faculdade Técnica Educacional Souza Marques (1993 a 1998), no Rio de Janeiro. No ano que se formava em medicina iniciou o Grupo Fogo do Espírito Santo com o Pe. Jorjão (grupo de oração da RCC, na Paróquia de Nossa Senhora da Paz, Ipanema). Fez residência em Clínica médica, na Santa Casa de Misericórdia, sob a chefia do Prof. Clementino Fraga Filho, no período de 1999 até março de 2001 (4ª e 20ª Enfermarias). Após a residência, trabalhou no corpo clínico de ambas as enfermarias, durante o ano de 2001. 

Decidiu-se por exercer a medicina como clínico geral, especialidade que amava porque lhe permitia avaliar o paciente como um todo. Considerava a clínica geral um desafio, pela necessidade de manter um bom conhecimento sobre todas as áreas da medicina. Durante sua formação acadêmica dedicou-se também ao atendimento aos pacientes com HIV, no Hospital Evandro Chagas (Fundação Osvaldo Cruz), pois considerava primordial que um clínico geral conhecesse bem os sintomas da doença, a fim de detectá-la com maior brevidade, possibilitando maior êxito ao tratamento. 

 Atuando como médico na Santa Casa, Guido testemunhava sua fé, como citou o Professor Clementino Fraga Filho, em homenagem realizada após a sua morte: “Em todo o tempo, dava testemunho de sua fé, no seu proceder irrepreensível com os outros. Vivia conforme os valores cristãos da cordialidade, temperança, caridade e justiça.” Aproximou-se da pastoral da saúde quando trabalhava como médico na Santa Casa de Misericórdia. Duas integrantes da pastoral visitavam os enfermos e ficaram interessadas pela maneira carinhosa como aquele médico atendia os pacientes. Convidaram-no a participar da missa, ele aceitou e logo passou a ajudá-las. 

 Guido ainda namorava, pensava em se casar e seguir a carreira médica, que exercia na Santa Casa e em clínica particular. Um dia, em retiro na comunidade Canção Nova, ouviu um padre pregar a seguinte passagem bíblica: “Não desvieis o vosso olhar do pobre e Deus tampouco se desviará de ti.” (Tobias 4, 7). Nesse momento refletiu quantas vezes havia desviado o olhar dos pobres. Pediu perdão a Deus e lhe pediu: “Jesus, me ajuda a cuidar dos pobres”. Uma semana depois conheceu as irmãs da ordem fundada por Madre Teresa de Calcutá (Missionárias da Caridade), cuja missão é cuidar dos pobres. Compreendeu que Deus ouvira seu pedido e estava lhe dando a direção da medicina que Ele queria. Ofereceu seu trabalho às irmãs da Madre Teresa e começou a atender os pobres de rua. Assim ao trabalho da pregação da Palavra de Deus no grupo de oração, se somou o trabalho como médico junto aos irmãos de rua. Chamou os outros jovens do Grupo Fogo do Espírito Santo a participarem do atendimento aos pobres de Madre Teresa e da pastoral da saúde da Santa Casa e muitos o ajudaram, com trabalho e donativos. Levou médicos da Santa Casa para ajudarem as Missionárias da Caridade. Uma dessas médicas, vendo o trabalho que realizavam o incentivou a ler a vida de São Francisco de Assis (“O irmão de Assis”, de Inácio Larrañaga), livro que foi uma grande luz de Deus em sua vida. Da participação nestas obras de caridade temos relatos de curas inexplicáveis, de conversões, de moradores de rua que decidiram lutar contra os vícios etc. (testemunho publicado pela Revista Jesus Vive e É o Senhor).

 A Irmã Caritas (MC) que acompanhou o trabalho do Guido junto à casa das Missionárias da Caridade na Lapa escreveu: “Sua única preocupação era salvar almas. Levar todos a um encontro pessoal com Cristo. Para isso não media esforços. De fato, toda a sua conversa era com Ele e a Ele direcionada. Não perdia uma oportunidade de proclamá-lo. Fosse com palavras ou com o próprio exemplo. 

 Quando atendia os irmãos de rua, não só zelava pela saúde do corpo, mas e sobretudo da alma. A nenhum deles deixou de falar de Cristo. Muitos deles saiam do consultório em lágrimas e profundamente tocados. Orava por e com cada um e os convidava a receber os sacramentos como fonte de graça e comunhão com Deus. Muitas vezes usava dos carismas com que o Senhor o agraciava. Presenciei várias vezes, sobretudo o carisma da Palavra de Ciência. A todos tratava com delicadeza, paciência e compreensão. Nunca o vi irritado ou impaciente com ninguém. Mesmo quando alguém vinha embriagado ou sob efeito de drogas e procurava confusão. Sempre tinha tempo para cada um. O seu exemplo me edificava e... corrigia!” 

 Às palavras da Irmã Caritas (MC) fazem eco as vozes dos que conheceram o Guido e com ele conviveram ou trabalharam, seja em família, nas enfermarias da Santa Casa, no grupo de oração, na pastoral da saúde, no lar das missionárias, no Mosteiro e no Seminário. Somam-se ainda, o testemunhos de muitas pessoas a quem ele levou uma palavra de consolo, estimulou na fé, incentivou a continuar um tratamento médico. 

 Chamado ao sacerdócio, foi acompanhado pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Karl Josef Romer. Cursou Filosofia (2002 a 2004) e Teologia (2006/2007), no Instituto de Filosofia e Teologia do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro. Como aluno externo, Guido conseguiu conciliar os estudos preparatórios para o sacerdócio com o apostolado que exercia como leigo. Continuou prestando assistência à Pastoral da Saúde da Santa Casa da Misericórdia e fazia pregações onde o chamassem. Trabalhava voluntariamente como médico, atendendo na Santa Casa da Misericórdia e no lar das Missionárias da Caridade, na Lapa. Ajudava também aos seminaristas, que necessitavam de atendimento médico, levando-os à Santa Casa e prestava atendimento como médico em eventos da Igreja. Em 2008, ingressou no Seminário São José (Rio de Janeiro), para cursar os dois últimos anos do curso de teologia, pois é necessário um período mínimo de vida no seminário para a ordenação sacerdotal. 

 Segundo testemunho de seus colegas de filosofia e teologia na Faculdade de São Bento, Guido nunca falava mal de ninguém e quando os encontrava comentando episódios que haviam causado revolta, com habilidade desviava o assunto e os levava para uma oração. Assim, não permitia que se cultivassem inimizades e semeava a paz em seu ambiente de estudo. Além disso, Guido possuía profundo conhecimento das escrituras sagradas e uma memória prodigiosa, citando de cor os textos e sabendo sua exata localização, auxiliando a diversos colegas em seus trabalhos e até aos professores durante as aulas. 

 Observaram também seu grande amor pela eucaristia, que em monografia descreveu como remédio para a alma e para o corpo, utilizando na explicação seus conhecimentos médicos. Guido pregava o que vivia por isso sua pregação era convincente. Ele era autêntico. No ano de 2005, residiu por alguns meses em Queluz (SP) por sugestão do Pe. Jonas Abib (Canção Nova), para melhor discernir sua vocação. Guido sentia vontade de realizar muitas coisas: queria ser sacerdote, queria formar uma comunidade de vida a exemplo da Canção Nova, pensava em estudar no seminário ligado a esta comunidade. Monsenhor Verreschi, que à época foi pároco em Queluz e é o reitor do Seminário de Lorena (SP), observou no Guido duas características: uma “ansiedade” de realizar rápido diversos trabalhos para Deus; e ao mesmo tempo a obediência em aceitar os “nãos” a algumas de suas idéias. 

 Em Queluz, Guido atuou como médico voluntário da prefeitura e no ambulatório médico Pe. Pio em Cachoeira Paulista. Realizou também neste período, um trabalho de evangelização pela rádio Caminho do Sol, em Queluz. É lembrada por todos os que conviveram com o Guido em Queluz, a dedicação dele aos pobres e ao próximo. Seja atendendo gratuitamente no posto médico, seja orando por todos os que lhe pediam, escutando e aconselhando. Recordam das vezes que foram levar comida aos pobres de rua à noite, da forma como o Guido falava com eles, olhando-os nos olhos, conversando com carinho, e da alegria que experimentaram neste serviço. Numa dessas idas, fazia muito frio e um dos três moradores de rua não tinha agasalho, o Guido tirou seu casaco (um casaco de couro muito bonito) e o deu ao pobrezinho, que pulou de alegria. 

 Em 01 de maio de 2009, com trinta e quatro anos de idade, Guido faleceu, vítima de uma contusão na nuca que gerou desmaio e afogamento, enquanto surfava, na praia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A muitos amigos Guido havia externado um desejo: se Deus lhe permitisse, gostaria de morrer no mar, onde sentia a presença de Deus a lhe falar na natureza.


                                 




Referência de todos os dados acima:

Guido - Associação (guidoschaffer.com.br)

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

O Escudo do Sagrado Coração de Jesus

    O Escudo do Sagrado Coração de Jesus tem uma origem profundamente espiritual e está associado à devoção ao Coração de Jesus. Vou compartilhar com você a história por trás desse símbolo sagrado:

      Em 1673Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu várias vezes a Santa Margarida Maria Alacoque, uma freira da Ordem da Visitação. Durante essas aparições, Jesus transmitiu uma mensagem especial a ela. Ele pediu que fossem confeccionados escudos com a imagem do Seu Sagrado Coração. Esses escudos deveriam ser colocados nas casas das pessoas e também serem carregados por elas como uma proteção contra os perigos cotidianos.

    Santa Margarida Maria Alacoque, obedecendo à revelação divina, compartilhou esse desejo com outros devotos. Assim, nasceu o costume de portar o “Detém-te” do Sagrado Coração de Jesus, uma prática incentivada por essa santa devota. O “Detém-te” é um poderoso escudo providenciado pela Divina Providência para nos proteger dos inúmeros perigos que enfrentamos diariamente. Ele pode ser carregado no bolso, na carteira, na mochila ou junto a fotografias de quem amamos.

    Beato Pio IX concedeu aprovação definitiva à devoção do “Detém-te”, afirmando: “Vou benzer este Coração, e quero que todos aqueles que forem feitos segundo este recebam esta mesma bênção”. Além da promessa de Nosso Senhor, o Papa Pio IX estendeu sua bênção vitalícia a todos esses escudos. Inicialmente, o uso desse escudo foi concedido apenas aos conventos da Visitação, mas a Venerável Ana Magdalena Rémuzat contribuiu para a disseminação dessa prática.

    Há também uma história extraordinária de proteção associada a esse escudo. Em 1720, uma grave epidemia ameaçava a cidade de Marselha. Com a ajuda de suas irmãs, Ana Magdalena confeccionou milhares de Escudos do Sagrado Coração, distribuindo-os pela cidade. Como resultado, a epidemia cessou como por milagre, protegendo aqueles que carregavam o escudo e proporcionando auxílio extraordinário aos afetados. Essa tradição se espalhou por outras cidades e países.


Oração do Escudo do Sagrado Coração de Jesus -  para pedir proteção contra doenças e epidemias e tudo que nos faz mal !!!

Alto! Detenha-se, demônio; detenha-se toda maldade, todo perigo, todo desastre. Detenham-se todos os assaltos, todas as balas de bandidos, todas as tentações. Detenha-se todo inimigo, toda enfermidade, e detenham-se nossas paixões desordenadas, pois o Sagrado Coração de Jesus está comigo!

Alto! O coração de Jesus está Comigo. Venha a nós o Vosso Reino.



Referência:

Oração do Escudo do Sagrado Coração contra pandemias e epidemias (cancaonova.com)

                          

O Manto de São José

 A história abaixo não é comprovada, mas é muito bela e pode ser verdadeira. De qualquer forma a devoção ao Sagrado Manto de Sâo José existe e vamos falar abaixo como rezá-la:


História - O MANTO DE SÃO JOSÉ

Quando da infância de Jesus, os moradores da região onde viviam eram muito pobres, e sendo José carpinteiro, tendo pena deles, fazia móveis e utensílios, cobrando quase nada de lucro, somente o mínimo para o sustento de Jesus e Maria, e a muitos, nada cobrava, por saber que não tinham como pagar.

Por aqueles dias, São José devia dirigir-se às montanhas de Hébron, onde tinha combinado comprar uma carga de madeira; mas vinha adiando a partida dia após dia, na tentativa de reunir o dinheiro necessário. Porém, em vão! Os dias passavam e José não conseguira reunir senão metade do dinheiro. E o caso é que já não podia esperar mais; era preciso servir os clientes e, portanto, ir buscar a madeira.

- Se vos parece bem - disse-lhe a Santíssima Virgem -, pedirei emprestado aos parentes o dinheiro que falta.

- Eu mesmo irei - respondeu São José.

- Não, esposo meu - suplicou Maria -; deveis fazer uma longa viagem e não vos deveis cansar - e cobrindo a cabeça segundo o costume, saiu de casa. Ao regressar disse-lhe:

- Não há dinheiro. Pedi em várias casas e todas se desculparam; com certeza não o têm porque se o tivessem, porque se negariam a emprestá-lo?

Mas pensei uma coisa, - continuou Maria, ocultando sob um doce sorriso o sentimento do seu coração -; pensei que podíeis deixar o vosso manto como garantia até poder pagar e com isso o dono da madeira com certeza dar-se-ia por satisfeito.

- Pensastes bem, disse São José, baixando os olhos, para que a sua virginal esposa não os visse rasos de lágrimas.

- Adeus, esposo meu - disse Maria ao despedir-se -. O Deus de Abraão vos acompanhe e o seu Anjo vos guie.

- Adeus esposa minha; procurarei regressar depressa.

E partiu o santo com a metade do dinheiro e o manto novo que Maria lhe oferecera no dia do casamento.

- Deus te abençoe Ismael, disse o pai adotivo de Jesus de modo cortês ao chegar à presença do dono da madeira contratada.

- Vens buscar a madeira? - foi a resposta à saudação de José -; bem podias ter vindo antes; pouco faltou para que ficasses sem nenhuma.

Ismael tinha mau feitio, era um avarento sem coração, a sua casa nunca conhecera a paz, a sua paixão era o dinheiro e tudo isto sabia José desde que negociava com ele; por isso já podemos imaginar a aflição que sentia o humilde carpinteiro por ter que declarar o estado das suas finanças.

Escolheu a madeira, pondo-a de lado, e chegado o momento chamou à parte Ismael e falou-lhe assim:

- Não trago comigo senão a metade do dinheiro; mas tu sabes que sempre te paguei até à ultima moeda. Tem um pouco de paciência e pagar-te-ei tudo; entretanto fica com este manto como garantia.

Ismael protestou e voltou a protestar, de tal modo que esteve a ponto de desfazer o negócio; mas no fim lá acabou por ceder, se bem que de mau grado, ficando com o manto do casamento de São José como garantia até que este pudesse pagar. O avarento Ismael tinha doentes os olhos desde havia tempo e apesar de investir muito dinheiro em remédios e médicos não conseguira ainda recuperar a saúde; tinha já perdido a esperança de se curar, pelo que foi grande a sua surpresa quando na manhã seguinte a este dia constatou que os seus olhos estavam sãos como se nunca tivessem estado doentes.

- Mas o que é isto?! - perguntava-se -. Ontem doentes com úlceras incuráveis, e hoje sãos sem medicina alguma!

Não atinava Ismael com a razão de tudo aquilo e ao chegar em casa contou à esposa o prodígio. Eva, que assim se chamava a mulher, era uma verdadeira serpente, tinha um gênio de fera e desde que casara com Ismael jamais havia tido paz, nem tranquilidade, nem gosto no matrimônio; mas aquela noite parecia um cordeiro. Que doçura a das suas palavras! Que mansidão! Que alegria no seu rosto antes sombrio e enrugado pela ira! "Que é isto? Que mudança é esta? Quem traria tal mudança?" - perguntava-se Ismael.

- Toma este manto e guarda-o - disse Ismael a Eva -. É de José, o carpinteiro de Nazaré, e há de voltar por ele. Este manto deve ser a explicação de tudo o que está a acontecer - pensou para si Ismael -. Desde que o tenho em meu poder sinto em mim tal mudança, tais afetos e tais desejos, que não pode ser outra a causa. Ouviram então barulho no estábulo e, terminando a conversa, acudiram para ver do que se tratava.

Uma vaca, a melhor, a mais gorda, retorcia-se no chão. Pobre animal! Apesar dos remédios que ambos esposos lhe administravam não melhorava; pelo contrário, parecia ir apagar-se a qualquer momento. Lembrou-se então Ismael do manto de José e comunicou a Eva os seus pensamentos; nada tinham a perder; mas se a vaca se curasse, saberiam que o manto era a causa da sua sorte e do bem-estar que desfrutavam.

Assim que lhe puseram o manto em cima, o animal levantou-se do chão onde antes se retorcia e pôs-se a comer como se nada tivesse acontecido.

- Vês? - disse Ismael -, este manto é um tesouro. Desde que está em nossa posse somos felizes. Conservemos este presente dos céus; não nos desprendamos dele nem por todo o ouro do mundo.

- E não o devolveremos ao dono? - perguntou Eva inquieta.

- Não lhe devolveremos - respondeu Ismael resolutamente.

- Então - disse Eva - vamos comprar-lhe outro melhor que este no mercado de Jerusalém e, se te parece bem, iremos os dois levar-lhe.

- Sim - respondeu o marido -. Eu perdoo-lhe a dívida e estou disposto a dar-lhe daqui em diante toda a madeira que ele necessitar.

- Não disseste que tem um filho chamado Jesus? - perguntou Eva -. Levar-lhe-ei de presente um par de cordeiros brancos e um par de pombas alvas como a neve. E a Maria, azeite e mel. Parece-te bem, esposo meu?

- Tudo me parece excelente - respondeu -. Amanhã iremos a Jerusalém e dali a Nazaré.

Já estavam os camelos preparados para a viagem quando chegou ofegante um irmão mais novo de Ismael dizendo que a casa de seu pai estava a arder e era preciso levar o manto do carpinteiro para apagar o incêndio.

Não havia tempo a perder. Os dois irmãos correram precipitadamente para casa do pai e ao chegar cortaram um pedaço do milagroso manto e atiraram-no ao fogo. Não foi necessário derramar uma só gota de água; aquilo foi o bastante para apagar o incêndio. As gentes admiraram-se ao ver tal prodígio e louvaram o Senhor.

- Que aconteceu? - perguntou Eva ao vê-los de volta - Já se extinguiu o fogo?

- Sim - respondeu o esposo satisfeito -; um pedaço do manto bastou para realizar o milagre.

Dias depois apeavam-se dos camelos à porta do carpinteiro de Nazaré. Ismael, o antigo avarento, e Eva sua esposa, vinham cheios de humildade prostrar-se aos pés de José e Maria e trazer-lhes vários presentes. Ao vê-los, São José e a Santíssima Virgem Maria pensaram que vinham reclamar o dinheiro em falta e encheram-se de tristeza, pois ainda não tinham conseguido reuni-lo. Mas ao entrarem na casa onde José, Maria e o Menino Jesus se encontravam, puseram-se ambos de joelhos e tomando Ismael a palavra disse:

- Vimos, minha esposa e eu, agradecer-te pelos imensos bens que recebemos do céu desde que me deixaste o manto como garantia; e não nos levantaremos daqui sem obter o teu consentimento de ficarmos com ele para que continue a proteger a minha casa, o meu casamento, os meus interesses e os meus filhos.

- Levantai-vos - disse José, estendendo as mãos para os ajudar.

- Oh, Santo Profeta! - respondeu Ismael num arroubo espiritual -; permite ao teu servo que fale de joelhos e ouve estas palavras: os meus olhos estavam doentes e o teu manto curou-os; era altivo, rancoroso e homem sem coração e converti-me a Deus; minha esposa estava dominada pela ira e agora é um anjo de paz; deviam-me grandes quantias de dinheiro e cobrei tudo sem trabalho algum; estava doente a melhor das minhas vacas e curou-se de repente; incendiou-se a casa de meu pai e extinguiu-se o fogo instantaneamente ao atirar para o meio das chamas um pedaço do teu manto.

- Louvado seja Deus por tudo! - disse baixando os olhos o santo Carpinteiro -. Levantai-vos, que não está bem que estejais de joelhos diante de um homem tão humilde como eu.

- Ainda não terminei - respondeu Ismael -. Tu não és um homem como os outros, mas um Santo, um Profeta, um Anjo na terra.

Trazemos-te um manto novo, dos melhores que se tecem em Sídon; à Maria tua esposa trazemos-lhe azeite e mel, e a Jesus, teu filho, oferece-lhe minha esposa um par de cordeiros brancos e um par de pombas mais alvas que a neve do Líbano. Aceita estes humildes presentes, dispõe da minha casa, do meu gado e dos meus bosques, das minhas riquezas, de tudo o que possuo e... não me peças de volta o teu manto!

- Ficai com ele! - disse o santo Carpinteiro -; e graças, muitas graças pelas vossas ofertas.

E enquanto se levantavam do chão e aproximavam os presentes, disse-lhes Maria - sabei, bons esposos, que Deus determinou benzer todas as famílias que se coloquem sob o manto protetor do meu santo esposo. Não vos espantem, pois, os prodígios operados; outros maiores vereis; amai José, servi-o, guardai o manto, dividi-o entre os vossos filhos, e seja esta a melhor herança que lhes deixareis no mundo.

...E é sabido que os esposos guardaram fielmente os conselhos da Santíssima Virgem Maria e foram sempre felizes, assim como os seus filhos e os filhos dos seus filhos.

A devoção ao Sagrado Manto de São José

Uma das devoções a São José é chamada de “Novena do Manto Sagrado de São José”. Trata-se de uma série de orações feitas por 30 dias consecutivos, em memória aos 30 anos que alguns acreditam que São José viveu como pai adotivo de Jesus.

A novena se baseia, em parte, na crença de que existe um manto real de São José guardado em uma igreja em Roma. O livro do século 19, The Life and Glories of St. Joseph (“A Vida e as Glórias de São José”), apresenta uma breve história desse manto:

“De São José, nenhuma relíquia real existia, apenas algumas partes de suas vestes santificadas pelo contato com seu corpo santo e agora, como acreditamos, glorificado. Roma possui uma relíquia esplêndida do pálio ou manto do santo… Essa preciosa relíquia foi guardada na antiga igreja colegiada de Santa Anastácia, construída por volta do ano 300 por Apolônia, uma nobre matrona romana para ali depositar o corpo de Santa Anastácia, Virgem e Mártir. Acredita-se que São Jerônimo, quando chamado a Roma por São Dâmaso para os assuntos de seu pontificado, celebrou a Missa durante os três anos de sua residência no altar onde a relíquia está preservada. O cálice de que ele fez uso ainda é exibido.”

Mas será que, de fato, o manto é uma relíquia autêntica que de alguma forma foi trazida da Terra Santa?

Infelizmente, existem poucas evidências para apoiar a afirmação. No entanto, existiu, sim um manto que São José usou para proteger o Menino Jesus do tempo frio. Com isso em mente, podemos despertar nossa imaginação e promover um maior apreço e veneração por São José, invocando sua proteção em nossas próprias vidas.

Oração a São José

“Ó santo protetor da Sagrada Família, protege-nos, filhos do Senhor Jesus Cristo; mantém longe de nós os erros e males que corrompem o mundo; ajuda-nos do Céu em nossas lutas contra os poderes das trevas. E, assim como protegeste o Menino Jesus do decreto cruel de Herodes, defende a Igreja e mantém-na protegida de todos os perigos e ameaças; espalha sobre todos nós a tua santa ajuda para que, seguindo teu exemplo e auxiliados por tua orientação espiritual, possamos levar uma vida santa, ter uma morte feliz e finalmente chegar à posse da bem-aventurança eterna no céu. Amém.”

Orações ao Manto Sagrado de São José

Aconselha-se rezar estas orações por trinta dias consecutivos, em memória dos trinta anos de vida vividos por São José em companhia de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Além disso, é bom acompanhar estas orações com a promessa de uma oferta para o culto do Santo. É bom também ter uma pia lembrança pelas Almas do Purgatório e receber os Santos Sacramentos em espírito de penitência durante o período da novena.

INÍCIO

Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Jesus, Maria e José, eu Vos dou o meu coração e a minha alma.

Rezar 3 “Glória ao Pai”à Santíssima Trindade

OFERECIMENTO

Eis-me, ó grande Patriarca, prostrado devotamente diante de Vós. Apresento-Vos este Manto precioso e ao mesmo tempo Vos ofereço o propósito da minha devoção fiel e sincera. Tudo o que poderei fazer em Vossa honra durante a minha vida tenciono fazê-lo para Vos mostrar o amor que Vos tenho. Ajudai-me, São José. Assisti-me, agora e durante toda a minha vida, mas especialmente assisti-me na hora da minha morte, como Vós fostes assistido por Jesus e por Maria, para que Vos possa um dia honrar na Pátria celeste por toda a eternidade. Amém!

Ó glorioso Patriarca São José, prostrado diante de Vós, apresento-Vos com devoção as minhas homenagens e começo por Vos oferecer esta preciosa coleta de orações em memória das inumeráveis virtudes que ornaram vossa santa Pessoa. Em Vós teve cumprimento o sonho misterioso do antigo José, cuja figura antecipou a Vossa: não só, de fato, o Sol divino cingiu-Vos com seus luminosíssimos raios, mas também a mística Lua, Maria, Vos aclarou com a sua doce luz. Ó glorioso Patriarca, se o exemplo de Jacó, que se regozijou pessoalmente com seu filho predileto, exaltado sobre o trono do Egito, serviu para arrastar também os outros filhos à salvação, não me valerá o exemplo de Jesus e de Maria, que Vos honraram com toda a sua estima e com toda a sua confiança, para trazer a mim também, para tecer em Vossa honra este Manto precioso? Eia pois, ó grande Santo, fazei que o Senhor volva sobre mim um olhar benévolo. E, como o antigo José não expulsou os irmãos culpados, mas, pelo contrário, os acolheu cheio de amor, os protegeu e os salvou da fome e da morte, assim Vós, ó glorioso Patriarca, mediante a Vossa intercessão, fazei com que o Senhor nunca queira me abandonar neste vale de degredo. Alcançai-me, além disso, a graça de me conservar sempre entre os Vossos servos devotos, que vivem serenos sob o Manto do Vosso patrocínio. Este patrocínio eu desejo tê-lo em cada dia da minha vida e no momento do meu último suspiro. Amém!

ORAÇÃO

Salve, ó glorioso São José, depositário dos tesouros incomparáveis do Céu e pai adotivo d’Aquele que alimenta todas as criaturas. Depois de Maria Santíssima, sois Vós o Santo mais digno de nosso amor e merecedor de nossa veneração. Entre todos os santos, só Vós tivestes a honra de criar, guiar, alimentar e abraçar o Messias que tantos Profetas e Reis desejaram ver. São José, salvai a minha alma e alcançai-me da Misericórdia Divina a graça que humildemente imploro (pedir a graça). E também alcançai para as Benditas Almas do Purgatório um grande alívio para os seus sofrimentos.

Rezar 3 “Glória ao Pai”

Rezar 1 vez: “Doce coração de Jesus, sede o nosso amor, doce coração de Maria e José, sede a nossa salvação”.

Rezar 10 vezes “Jesus, Maria e José, nós Vos amamos, salvai almas”

Ó poderoso São José, foste declarado Patrono Universal da Igreja, e eu Vos invoco, entre todos os Santos, como fortíssimo protetor dos miseráveis, e bendigo mil vezes o Vosso coração, sempre pronto a socorrer toda espécie de necessidade. A Vós, ó querido São José, recorrem a viúva, o órfão, o abandonado, o aflito, toda espécie de desventurados; não há dor, angústia ou desgraça que Vós não tenhais piedosamente socorrido. Dignai-Vos, portanto, usar em meu favor os meios que Deus pôs em Vossas mãos, para que eu possa conseguir a graça que Vos peço. E Vós, Santas Almas do Purgatório, suplicai a São José por mim.

Rezar 3 “Glória ao Pai”

Rezar 1 vez: “Doce coração de Jesus, sede o nosso amor, doce coração de Maria e José, sede a nossa salvação”

Rezar 10 vezes: “Jesus, Maria e José, nós Vos amamos, salvai almas”

A tantos milhares de pessoas que Vos suplicaram antes de mim, Vós destes conforto e paz, graças e favores. A minha alma, triste e amargurada, não encontra repouso no meio das angústias que a oprimem. Vós, ó querido Santo, conheceis todas as minhas necessidades, ainda antes que eu as exponha na oração. Vós sabeis quanto preciso da graça que Vos peço. Eu me prostro na Vossa presença e suspiro, ó São José, sob o grande peso que me oprime. Nenhum coração humano está tão próximo de mim que eu possa confiar meus sofrimentos; e mesmo que eu encontrasse compaixão junto a alguma alma caridosa, ela, todavia não me poderia valer. A Vós, portanto, recorro e espero que não queirais me rejeitar, porque Santa Teresa disse, e deixou escrito em suas memórias: “Qualquer graça que pedirdes a São José, será certamente concedida.” Ó São José, consolador dos aflitos, tende piedade da minha dor e tende piedade das Santas Almas do Purgatório, que tanto esperam de nossas orações.

Rezar 3 “Glória ao Pai”

Rezar 1 vez: “Doce coração de Jesus, sede o nosso amor, doce coração de Maria e José, sede a nossa salvação”

Rezar 10 vezes: “Jesus, Maria e José, nós Vos amamos, salvai almas”!

Ó excelso Santo,

Pela Vossa perfeitíssima obediência a Deus, tende piedade de mim.

Pela Vossa santa vida, cheia de merecimentos, atendei-me.

Pelo Vosso queridíssimo Nome, ajudai-me.

Pelo Vosso clementíssimo Coração, socorrei-me.

Pelas Vossas santas lágrimas, confortai-me.

Pelas Vossas sete dores, tende compaixão de mim.

Pelas Vossas sete alegrias, consolai o meu coração.

De todo o mal da alma e do corpo, libertai-me.

De todo perigo e desgraça, livrai-me.

Socorrei-me com a Vossa santa proteção e impetrai-me, na Vossa misericórdia e poder, o que me é necessário e, sobretudo, a graça do que mais preciso. Às Almas queridas do Purgatório, alcançai a pronta libertação dos seus sofrimentos.

Rezar 3 “Glória ao Pai”

Rezar 1 vez: “Doce coração de Jesus, sede o nosso amor, doce coração de Maria e José, sede a nossa salvação”

Rezar 10 vezes “Jesus, Maria e José, nós Vos amamos, salvai almas”!

Ó glorioso São José, são inúmeros as graças e os favores que Vós alcançais para os pobres aflitos. Doentes de todo gênero, oprimidos, caluniados, traídos, privados de qualquer humano conforto, míseros necessitados de pão ou de apoio, imploram o Vosso real patrocínio e seus pedidos são atendidos. Eia! Não permitais, ó São José caríssimo, que seja eu, entre tantas pessoas beneficiadas, a única a ficar sem a graça que Vos peço. Mostrai-Vos, também para comigo, poderoso e generoso, e eu, agradecendo-Vos, exclamarei: “Viva para toda a eternidade o glorioso Patriarca São José, meu grande protetor e especial libertador das Almas santas do Purgatório”.

Rezar 3 “Glória ao Pai”

Rezar 1 vez: “Doce coração de Jesus, sede o nosso amor, doce coração de Maria e José, sede a nossa salvação”

Rezar 10 vezes: “Jesus, Maria e José, nós Vos amamos, salvai almas”!

Ó Eterno e Divino Pai, pelos méritos de Jesus e de Maria, dignai-Vos conceder-me a graça que imploro. Em nome de Jesus e de Maria, eu me prostro na Vossa Divina Presença e peço-Vos devotamente que queirais aceitar a minha firme decisão de perseverar nas fileiras dos que vivem sob o patrocínio de São José. Abençoai, portanto, o precioso Manto que hoje dedico a Ele, qual penhor da minha devoção.

Rezar 3 “Glória ao Pai”

Rezar “Eterno Pai, ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Santas Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as santas almas do Purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores da Igreja Católica, pelos pecadores de todas as outras igrejas, pelos de minha casa e de meus vizinhos.

Amém.

Piedosas súplicas em memória da vida de São José com Maria

São José, rogai a Jesus que venha em minha alma e a santifique.

São José, rogai a Jesus que venha no meu coração e o inflame de caridade.

São José, rogai a Jesus que venha em minha inteligência e a ilumine.

São José, rogai a Jesus que venha na minha vontade e a fortifique.

São José, rogai a Jesus que venha nos meus pensamentos e os purifique.

São José, rogai a Jesus que venha nos meus afetos e os regre.

São José, rogai a Jesus que venha nos meus desejos e os dirija.

São José, rogai a Jesus que venha nas minhas obras e as abençoe.

São José, alcançai-me de Jesus o Seu santo amor.

São José, alcançai-me de Jesus a imitação das Suas virtudes.

São José, alcançai-me de Jesus a verdadeira humildade de espírito.

São José, alcançai-me de Jesus a mansidão do coração.

São José, alcançai-me de Jesus a paz da alma.

São José, alcançai-me de Jesus o santo temor de Deus.

São José, alcançai-me de Jesus o desejo da perfeição.

São José, alcançai-me de Jesus a doçura de caráter.

São José, alcançai-me de Jesus um coração puro e caridoso.

São José, alcançai-me de Jesus a graça de suportar com paciência os sofrimentos da vida.

São José, alcançai-me de Jesus a sabedoria das verdades eternas.

São José, alcançai-me de Jesus a perseverança em fazer o bem.

São José, alcançai-me de Jesus a fortaleza para suportar as cruzes.

São José, alcançai-me de Jesus o desprendimento dos bens terrenos.

São José, alcançai-me de Jesus caminhar pelo caminho estreito do Céu.

São José, alcançai-me de Jesus ser livrado de toda a ocasião de pecar.

São José, alcançai-me de Jesus um santo desejo do Paraíso.

São José, alcançai-me de Jesus a perseverança final.

São José não me afasteis de Vós.

São José, fazei que o meu coração nunca cesse de Vos amar, e a minha língua de Vos louvar.

São José, pelo amor que tiveste a Jesus, ajudai-me a amá-lo.

São José, dignai-Vos acolher-me como Vosso devoto.

São José, eu me entrego a Vós: aceitai-me e socorrei-me.

São José, não me abandoneis na hora da morte.

Jesus, Maria e José, eu Vos dou o meu coração e a minha alma.

Rezar 3 “Gloria Patri”

Ladainha de São José 

Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.

Deus Filho Redentor do mundo, tende piedade de nós.

Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.

São José, rogai por nós.

Nobre descendência de Davi, rogai por nós.

Luz dos Patriarcas, rogai por nós.

Esposo da Mãe de Deus, rogai por nós.

Guarda puríssimo da Virgem, rogai por nós.

Vós que criastes o Filho de Deus, rogai por nós.

Zeloso defensor de Cristo, rogai por nós.

Chefe da Sagrada Família, rogai por nós.

Ó José, justíssimo, rogai por nós.

Ó José, castíssimo, rogai por nós.

Ó José, prudentíssimo, rogai por nós.

Ó José, fortíssimo, rogai por nós.

Ó José, obedientíssimo, rogai por nós.

Ó José, fidelíssimo, rogai por nós.

Espelho de paciência, rogai por nós.

Amante da pobreza, rogai por nós.

Modelo dos operários, rogai por nós.

Honra da vida doméstica, rogai por nós.

Guarda das virgens, rogai por nós.

Amparo das famílias, rogai por nós.

Conforto dos que sofrem, rogai por nós.

Esperança dos enfermos, rogai por nós.

Padroeiro dos moribundos, rogai por nós.

Terror dos demônios, rogai por nós.

Protetor da Santa Igreja, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

V. O Senhor O constituiu dono da sua casa.

R. E príncipe de todos os seus bens.

Oremos

Ó Deus, que por inefável providência Vos dignastes escolher o bem-aventurado São José para esposo de Vossa Mãe Santíssima, concedei-nos, Vos pedimos, que, venerando-o aqui na terra como protetor, mereçamos tê-lo no Céu como intercessor. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém!

Invocações a São José 

Lembrai-Vos, ó virginal esposo da Maria Virgem, ó meu querido protetor São José, que nunca se ouviu dizer que alguém que, tendo invocado o Vosso patrocínio e pedido a Vossa ajuda, não tivesse sido por Vós consolado. Com esta confiança, venho até Vós e a Vós encarecidamente me recomendo. Ó São José, escutai a minha prece, acolhei-a piedosamente e atendei-a. Amém!

Glorioso São José, esposo de Maria e pai davídico de Jesus, tomai conta de mim, velai por mim. Ensinai-me a trabalhar pela minha santificação e tomai sob o Vosso piedoso cuidado, as necessidades urgentes que hoje confio à Vossa solicitude paternal. Afastai os obstáculos e as dificuldades e fazei que o feliz êxito do que Vos peço seja para a maior glória do Senhor e pelo bem de minha alma. Em sinal da minha mais viva gratidão, prometo-Vos tornar conhecidas as Vossas glórias, enquanto, de todo coração, bendigo o Senhor que Vos quis tão poderoso no Céu e na Terra. Amém!

Fecho do Manto 

Ó glorioso São José, que Deus pôs na chefia e guarda da mais santa dentre as famílias, dignai-Vos ser-me, do Céu, custódio da minha alma que pede para ser aceita sob o Manto do Vosso patrocínio. Desde agora, eu Vos elejo pai, protetor, guia e ponho sob Vossa especial custódia a minha alma, o meu corpo, tudo o que possuo e sou, a minha vida e a minha morte. Olhai-me como Vosso filho; defendei-me de todos os meus inimigos visíveis e invisíveis; assisti-me em todas as necessidades; consolai-me em todas as amarguras da vida, mas especialmente na agonia da morte. Dirigi uma palavra por mim Àquele amável Redentor que, quando Criança, levastes em Vossos braços, e àquela Virgem gloriosa, de quem fostes diletíssimo esposo. Impetrai-me as bênçãos que julgais proveitosas ao meu verdadeiro bem, à minha salvação eterna, e eu procurarei não me tornar indigno de Vosso especial patrocínio. Amém!


referências:

O que é o Manto Sagrado de São José (aleteia.org)

O MANTO DE SÃO JOSÉ (missaosalvaialmas.com.br)

O que é o manto sagrado de São José? (osmsj.com.br)  


                      


O Cordão de São José

    O Cordão de São José teve usa origem na Bélgica, mais precisamente, na cidade de Anvers, onde se localizava o convento das Agostinianas. Conta-se que Sóror Isabel Sillevorts foi, em determinada ocasião, atacada do “mal de pedra”, sem que todos os recursos da medicina, empregados para curá-la, surtissem qualquer efeito. Devota de São José, Sóror Isabel, animada da mais firme confiança no Patrocínio deste Glorioso Santo, conseguiu que um Sacerdote lhe benzesse um cordão, cingindo-o à cintura, em homenagem ao grande Patriarca, abandonando, dessa forma, os recursos da terapêutica e iniciando, com todo o fervor, uma Novena de Súplica ao Esposo puríssimo da Virgem Maria, Mãe de Deus. Alguns dias depois, mais precisamente em 10 de junho de 1649, quando, entre fortes dores, fazia ao Santo as mais ardentes súplicas, Sóror Isabel se vê livre de um cálculo de dimensões muito grandes, ficando, assim, completamente curada. A repercussão do milagre foi muito grande e rápida, fazendo com que aumentasse, nos habitantes de Anvers, a devoção a São José, que já não era pequena. Em 1842, na Igreja de São Nicolau, em Verona, por ocasião dos piedosos exercícios do mês de São Paulo, foi esse fato publicado, causando grande repercussão e muitas pessoas enfermas cingiram-se com o cordão bento e experimentaram o valioso auxílio do Glorioso Patriarca, o Santíssimo José.

   O uso do Cordão de São José foi crescendo cada vez mais e, hoje, ele não é só procurado para alívio das enfermidades corporais, mas, também, e com igual sucesso, para os perigos da alma.

   Devemos, também, salientar que, o Cordão de São José é utilizado como uma arma poderosa, contra o demônio da impureza.


Como confeccionar e usar o Cordão de São José

O Cordão de São José deve ser confeccionado com linho ou algodão bem alvejado. A pureza e a alvura desses materiais lembram a candura e a pureza de São José.

Numa das extremidades, o Cordão deve ter sete nós, que representam as sete tristezas e as sete alegrias do Glorioso São José.


Pode-se usar o Cordão de São José, das seguintes formas:

  • Preso à cintura sob a roupa (o cordão maior), no pulso (o cordão menor) ou tê-lo bem guardado para ser usado por ocasião de dores e sofrimentos físicos, aplicando-o com fé na parte enferma do corpo, como costumamos fazer com medalhas do Senhor Jesus e de Nossa Senhora, rezando, então, a São José, sete vezes o Glória ao Pai;
  • Pode, também, ser usado no carro, nos livros, na carteira, na carteira de motorista, no travesseiro etc. Pode, também, ser colocado na cabeceira do doente ou no pulso dele. As pessoas que usarem, habitualmente, o Cordão de São José terão a graça da boa morte. Aqueles que o trouxerem, constantemente, consigo, terão proteção, especialmente, na guarda e na defesa da sublime virtude da castidade, em qualquer de seus três graus e categorias;
  • O Cordão de São José pode e deve ser usado pelas gestantes que o levarão cingido à cintura, protegendo-as do perigo de aborto e nos partos difíceis, como comprovam centenas de fatos.

Deve-se rezar, diariamente, Sete Glórias ao Pai em honra das sete dores e das sete alegrias de São José, ou qualquer outra oração a São José. O Papa Pio IX enriqueceu esta fácil e benéfica devoção, com várias indulgências plenárias e parciais.


GRAÇAS ASSOCIADAS AO USO DO CORDÃO

Preciosas graças para a devoção dos servos de São José estão ligadas ao uso do cordão. Eles são:
1. Proteção especial de São José;
2. Pureza da alma;
3. A graça da castidade;
4. Perseverança final;
5. Assistência especial na hora da morte.

 

Dias nos quais se lucram indulgências plenárias trazendo consigo o cordão:

-No dia do recebimento do Cordão. No Natal (25/12);

-Na festa de Nossa Senhora Mãe de Deus e Circuncisão (01/01);

-Na festa de Reis (06/01);

-Na festa da Páscoa, na festa da Ascensão, na festa de Pentecostes e na festa de Corpus Christi;

-Na Festa do Sagrado Coração de Jesus;

-Na festa do Imaculado Coração de Maria (22/08);

-Na Festa da Assunção de Nossa Senhora (15/08);

-Na Festa dos Esponsais de São José (23/01) e na Festa de São José (19/03);

-Na festa de São José Operário (01/05); e em perigo de morte.



Condições para ganhar as indulgências plenárias:

a) Confissão;

b) Comunhão;

c) Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai, nas intenções do Santo Padre o Papa.


o cordão deverá receber a benção por um sacerdote,  com a seguinte fórmula:


BENEDICTIO CINGULORUM in honorem sancti Joseph Sponsi B.M.V

V. Ajutórium nostrum in nomine Dómini

R. Qui fecit caelum et terram.

V. Dóminus vobiscum.

R. Et cum spiritu tuo.

Orémus.

Dómine Jesu Christe, qui virginátis consílium et amórem iingeris atque castitátem práecipis: orámus cleméntiam tuam, ut haec cingula castitátis tésseram bene + dícere, et sancti + fícare dignéris, ut, quicúmque pro castitáte servánda illis praecíncti fúerint, intercedente beáto Joseph, sanctíssimae Genitrícis tuae sponso, gratam tibi continéntiam, mandatorúmque tuórum obediéntiam servente, atque béniam peccatórum suórum obtíneant, et santitátem mentis et córporis percipiant, vitámque consequántur aetérnam: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in uniáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sáecula saeculórum.

R: Amen.

Orémus.

Da, quáesumus, omnípotens aetérne Deus: ut puríssimae Virginis Maríae, ejúsque sponsi Joseph, integérriman virginitátem, eórum intercessiónibus puritátem mentis et córporis consequámur. Per Christum Dómmum nostrum.

R: Amen

Orémus.

Omnípotens sempitérne Deus, qui castíssimo viro Joseph puríssimam Maríam semper Virginem, et púerum Jesum commisísti; te súplices exorámus; ut fidéles tui, qui his cíngulis in honórem, et sub protectióne ejúsdem sancti Joseph praecíncti fúerint, te largiénte, et ipso intercedente, in castitáte semper devote persísant. Per eúmdem Dóminum nostrum Jesum Christum Fílium tuum: Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sáecula saeculórum.

R: Amen.

Orémus.

Deus, innocéntiae restitútor et amátor: quáesumus, ut fidéles tui, qui haec cíngula adhibúerint, intercedente beato Joseph, sanctíssimae Genitrícis tuae sponso, in lumbis suis sint semper pracíncti, et lucernas ardentes gestent in mánibus suis; ac símiles sint homínibus exspectántibus dóminum suum, quando revertátur a núptiis, ut, cum venérit et pulsáverit, conféstim apériant ei, et in aetérna gáudia récipi mereántur. Qui vivis et regnas in sáecula saeculórum.

R: Amen.

Deinde Sacerdos, imposto thure in thuribulo, aqua benedicta aspergit cingula, dicens:

Aspérges me, Dómine, hyssópo et mundábor: lavábis me, ec super nivem dealbábor

Postea incensat, et tandem diciti:

Orémus.

Deus miséricors, Deus clemens, cui bona cuncta placenta, sine quo nihil boni inchoátur, nihílque boni perficitur: adsint nostrls humilimis précibus tuae pietátis aures, et fidéles tuos, qui in tuo santo nomine cíngulo benedícto in honrórem et sub protectióne sancti Joseph praecíncti fúerint, a mundi impedimento, vel saeculári desidério defende; et concede eis, ut in hoc santo propósito devóti persistere, et remissióne percépta ad electórum tuórum váleant perveníre consortium. Per Dóminum nostrum Jesum Christum Fílium tuum; Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sáecula saeculórum.

R: Amen


Referências: