Algumas
semanas atrás ouvi uma homilia de um padre falando sobe a importância de não
nos omitirmos perante o erro dos outros. Corrigir o próximo não é sermos arrogantes
ou donos da verdade, nem sairmos corrigindo sempre tudo e todos a todo momento,
pois não temos liberdade com todos, nem somos juízes do mundo. Mas não aceitar
o erro claro e evidente (diferente da opinião individual ) e corrigir
quando for preciso aqueles que temos possibilidade real e liberdade para tal é
bíblico, pois Jesus disse em Mt 18:15-17:
“Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se
ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais
um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo
depoimento de duas ou três testemunhas’. Se ele se recusar a ouvi-los, conte à
igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou
publicano.”
Pecados existem por pensamentos, palavras, atos e omissões. Muitas vezes não
damos importância quando nos omitimos, que é o não fazer algo conscientemente
que achamos correto fazer por medo de nos indispormos ou sermos chatos.
Corrigir é mais do que nada um ato de caridade, já citadas nas obras de
misericórdia espirituais, que são :
Obras de misericórdia
espirituais:
1) Ensinar os ignorantes
2) Dar bom conselho
3) Corrigir os que erram
4) Perdoar as injúrias
5) Consolar os tristes
6) Sofrer com paciência as
fraquezas do nosso próximo
7) Rezar a Deus por vivos e
defuntos
Muitas vezes é difícil corrigirmos o próximo, pois não queremos nos indispor
com nosso pai, mãe, filho, parente ou amigo. O que é pior, passar como chato
para o parente ou chatear a Deus por ser omisso? A correção que estiver no
nosso alcance devemos sim chamar a atenção do nosso próximo, porém de modo
educado e gentil, se ele nos ouvir ótimo, se não nos ouvir nós ficamos
tranquilos por termos feito o que podíamos. Na homilia que me referi o padre
bem explicou que se eu me omito eu provavelmente terei que dar explicações no
juízo final por não ter dado condições de meu próximo melhorar, tendo certa
conivência com seu erro. Porém se eu falo e o próximo não ouve, eu fiz a minha
parte e a pena é dele inteiramente. Claro que existem pessoas que não temos
liberdade nem intimidade para tal, existem outras não abertas a diálogo, nestes casos devemos suplicar a conversão destas pessoas e a misericórdia divina sobre elas; porém
sempre que possível devemos não nos omitir e pensarmos que é melhor corrermos o
risco de deixar o próximo chateado conosco do que Deus. Primeiro Deus sempre
!!!
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